sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Como se pode encarar um aniversário?

Como se pode encarar um aniversário?

Como um ano a mais?

Como um ano a menos?

Aquilo que se viveu é aquilo que se aproveitou ou foi vida que se gastou?

Não tenho certeza, chego aos meus 29 anos - vividos? gastos? - acumulando uma história de vida, anos vividos que, sem eles, certamente muitas coisas não seriam o que hoje são, mal ou bem estes anos são responsáveis por outras vidas, por outras histórias.

Lembro da resposta de alguém sábio, que quando perguntado quantos anos tinha, disse que não sabia precisar, mas talvez tivesse 10 ou 12. Ante a estranha resposta, de alguém que aparentava mais de setenta, o sábio respondeu que os anos que tinha são os que ainda lhe restavam para serem vividos, e não os que já haviam sido vividos. Dentro dessa perspectiva não sei dizer quantos anos tenho? Quantos ainda terei?

Eu digo que uma vida não se mede em anos, mas ela se mede em momentos representativos, importantes para a nossa história de vida. É possível viver vários anos em um pequeno momento da vida, ao contrário, pode-se viver vários anos que não representem mais do que meros momentos.

Assim não importa quantos anos eu ainda tenha, importa que eu tenha momentos significativos, importantes, pois que sem eles o resto não tem nenhuma importância.

Parabéns para mim!


FICAR MAIS VELHO É UMA ARTE

Fim de ano vem, Ano Novo vai, vem ano, vai ano... Festas e férias à parte, vemos o tempo inexorável marchando sem parar.

Quando temos 10 ou 15 anos de idade, o tempo passa devagar. Como temos desejos e sonhos que ainda não estão ao nosso alcance, queremos que o tempo passe rapidamente. Entretanto, nessa fase da vida, uma década parece uma eternidade... Mas quando se chega à plena maturidade, a percepção cronológica vai mudando. Aos 60 ou 70, uma década terá passado com muita rapidez, talvez uma incômoda rapidez.

Esse é o inevitável curso da vida. Para mim, para você e para todos. Conciliar-se com essa realidade é uma questão de harmonia e sabedoria. Envelhecer pode ser uma etapa dramática ou harmoniosa. Doce ou amarga. Depende de nós. Depende de nossa arte e de nossa lógica.

É como o inverno. Há que saber entender-se com ele e descobrir o que de bom ele significa. Não é sábio esperar da natureza e da vida apenas uma das suas faces. A vida é feita de elementos distintos, mas interligados. Opostos, mas sucessivos. Temos sol e temos chuva. Há o dia, depois a noite. O que seria de nós se não soubéssemos o que fazer da noite e dos dias de chuva?

Assim acontece em relação à juventude e à velhice. Deixar que a fase pós-juventude se torne um capítulo triste é não encará-la com inteligência. Há tempo de plantar e há tempo de colher. E para quem não plantou no devido tempo, há até o consolo de saber que, ainda assim, existem chances de colher alguma coisa.

Quaisquer que sejam nossas concepções de vida e nossas convicções pessoais, há duas verdades fundamentais. A primeira: só não envelhece quem morre antes. A outra: a segunda metade da vida também nos abre possibilidades. Cabe-nos descobrir o que colher nessa fase. Descobrir, principalmente, que doando também se colhe.


"Tudo tem seu tempo determinado. Há tempo para tudo debaixo do céu. Há tempo de plantar e de colher. Há tempo de espalhar e tempo de recolher o que se espalhou. Há tempo de amar e aborrecer. Tempo de cair e de levantar..." (livro de Eclesiastes, capítulo 3).

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