terça-feira, 19 de agosto de 2008

Flavia, vivendo por justiça e em coma...

Como é fantástico e fascinante esse mundo da Blogosfera, hoje pude conhecer a história de Flávia, tão bem contada e escrita por Luma Rosa no Blog Luz de Luma, que preferi colocar exatamente como está lá, pois não escreveria como ou tão bem quanto ela, eis o post na íntegra com devidos créditos é claro.

A Blogosfera conhece a história de Flávia e para quem está chegando agora, Flávia está em coma vigil a 10 anos desde quando estava brincando, sofreu um acidente e seus cabelos foram sugados pelo ralo da piscina do condomínio onde morava, interrompendo assim uma infância saudável.

O quadro clínico de Flávia é irreversível e o que se pede nesta blogagem coletiva, é que a justiça brasileira acabe com a morosidade do caso e condene os culpados, para que fatos como este não mais ocorram. Flávia, precisa deste modo, ser indenizada de forma justa, para que sua mãe possa lhe manter - precisando ser ressarcida com valores condizente com uma sobrevida digna.

Passados esses dez anos, Flávia agora está com 20 anos. Neste espaço de tempo foram dois julgamentos com resultados aviltantes, do ponto de vista das seqüelas causadas pelo acidente. Agora em Brasília, em última instância, o processo será julgado. A pergunta é: Quanto tempo ainda vai demorar para a solução deste processo?

Os réus do processo são: Jacuzzi do Brasil (fabricante do ralo), Condomínio Jardim da Juriti (Av.Juriti,541 - Moema - São Paulo) e AGF BRASIL SEGUROS (Seguradora do Condomínio).

Quem tem filho doente em casa pode ter uma ligeira noção do sofrimento da família de Flávia, mas nunca saberão realmente, até que sintam na pele o que é ter um filho em coma.
"Tão longe e tão perto: a filha ali, ao lado, alheia, parada, inconsciente enquanto a vida continua a produzir histórias alegres, tristes, indiferentes na engrenagem pontual dos dias. São 10 anos ou 126 meses ou mais de 3,8 mil dias sem falar, saber o que ocorre à sua volta, expressar carinho, praticar atos voluntários. É a metade de sua existência de 20 anos: de criança, entrou na adolescência, na juventude submersa num mundo à parte, impenetrável (...) Tantas coisas você perdeu nestes 10 anos, um tempo que não dá para recuperar"
(palavras de Odele para a filha Flávia no Dia das Mães e publicada no blogue)
Foram segundos por falta de oxigenação no cérebro, que no dia 6 de janeiro de 1998, um acidente inimaginável que toda a história de vida de Flávia e sua família foram mudadas. A cada novo dia Odele vive a olhar por sua filha, que à luz da ciência, esperanças não mais existem, de que ela venha um dia a falar, abraçar as pessoas que gosta, andar ou simplesmente sorrir.

Jacuzzi® :: Faz tudo para você relaxar. Essa é a descrição inicial da empresa, nos sistemas de procura por informações sobre a mesma. Do meu ponto de vista, as leis foram feitas para serem observadas e cumpridas pelos homens de boa índole. Mas o que vemos é ser interpretada de maneira intencionalmente conveniente pelos espertos e burladas ou desobedecidas pelos mal intencionados.

A história sempre foi assim. Repete-se desde que o homem é homem, ou se entende como tal. Mudará esse quadro? Cabe aos cidadãos bem intencionados e pacatos, milhares de anônimos cidadãos deste imenso quadro da grande disputa de interesses, que move o mundo, mudar esse quadro e, clamamos aqui, que o Supremo Tribunal de Justiça em Brasília, finde logo este caso e condene exemplarmente os culpados pela vida vegetativa que hoje se encontra Flávia.

Então é isso povo, essa é a história de Flávia contribuam com este apelo coletivo, se não quiser falar deste caso especificamente, mostre sua indignação com a morosidade da justiça brasileira! - como bem disse a Luma Rosa.

JUSTIÇA PARA FLÁVIA!!!

Maiores informações no Blogue
"Flávia, vivendo em coma", blogue este mantido por sua mãe Odele.



Post original em: Luz de Luma

1 Comentário:

Anônimo disse...

Betinho, fico feliz que tenha destacado o meu texto, mais ainda em constatar que mais pessoas estão se mobilizando em torno de algo que não seja o próprio umbigo.
Em fiquei muito emocionada ao fazer esse texto, porque me coloquei no lugar da mãe, imaginando aquilo que possa passar por sua cabeça. Ter que se cuidar mais ainda; porque já pensou na falta dela, quem irá cuidar de Flávia?
Agradeço em nome da Odele a sua ajuda para a repercussão do caso.

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